Os deputados Conduto de Pina e Roberto Ferreira Cacheu, dois dos arguidos de tentativa de Golpe de Estado em Junho foram ilibados pelo Ministério PublicoA decisão foi comunicada ao parlamento guineense pelo Ministério Público (MP), através de uma carta datada de 6 de Agosto do Procurador-geral da República, Luís Manuel Cabral, endereçada ao Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Serifo Nhamadjo.
Segundo o documento «Francisco Conduto de Pina e Roberto Ferreira Cacheu, ambos deputados da nação e acusados de cumplicidade na tentativa de alterar a ordem constitucional no país, em Junho de 2009, foram ilibados destas acusações». O processo foi desencadeado após uma «acusação» dos Serviços de Informação de Estado que levou a Procuradoria-geral da República a convocar os dois deputados citados e a criação de uma comissão pela Assembleia Nacional Popular com a missão de «averiguar em que circunstancias é que estas pessoas e mais outras, por sinal deputados, se teriam envolvidos na alegada tentativa do Golpe de Estado»
Em entrevista à PNN, Francisco Conduto de Pina, deputado ilibado esta sexta-feira, reafirmou a sua inocência. «Não sou homem para golpes. Sou homem para desenvolvimento, trabalhar pela paz, pelas crianças e não para matar. Sou inocente, reafirmo que sou inocente», sublinha este deputado e empresário.
Por definir ficam ainda os processos de Daniel Gomes, Marciano Silva Barbeiro, ambos deputados, Sandji Faty, Secretário-geral do PRID, Partido Republicado para Independência e Desenvolvimento, Afonso Té, ex-vice Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, no período que antecedeu a guerra de 7 de Junho de 1998 e Domingos Indi, oficial das forças armadas. Informações disponíveis, apontam que encontram-se em Dakar onde está prevista uma deslocação da Comissão criada pela Assembleia Nacional com o objectivo de ouvir os nomes envolvidos no caso, antes que sejam inquiridos pelo Ministério Público.
Lassana Cassamá / Sumba Nansil
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