sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Além de ter marcado os dois golos, Cristiano Ronaldo sofreu a falta que ditou a grande penalidade marcada por Kaká...

Madrid, 30 Setembro – O português Cristiano Ronaldo foi o homem do jogo no triunfo do Real Madrid sobre o Marselha por 3-0, no Estádio Santiago Bernabéu. O português marcou dois golos e já soma quatro na Liga dos Campeões.

Além de ter marcado os dois golos, aos 58 (a passe de Pepe) e 65 minutos, Cristiano Ronaldo sofreu a falta (Diawara recebeu o segundo cartão amarelo e consequente expulsão no lance) que ditou a grande penalidade marcada por Kaká, aos 61 . O português foi substituído aos 70 minutos. No Marselha, o ex-portista Lucho González e o ex-sportinguista Heinze alinharam os 90 minutos.

No outro jogo do grupo, o Milan perdeu em casa com o FC Zurique por 0-1, golo do finlandês Tihinen, aos dez minutos, de calcanhar. Na classificação, o Real Madrid lidera com seis pontos. Milan e FC Zurique somam 3 e Marselha nenhum.

No Grupo A, Bayern Munique e Juventus empataram a zero na Alemanha. O empate foi aproveitado pelo Bordéus, que derrotou em casa o Maccabi Haifa por 1-0, golo de Ciani, aos 83. Alemães e franceses lideram com quatro pontos, a Juventus tem dois e o Maccabi nenhum.

No Grupo B, o Manchester United derrotou em casa o Wolfsbrgo por 2-1. Com Nani no banco de suplentes, os red devils marcaram por Giggs (59) e Carrick (78). No entanto, foram os alemães que inauguraram o marcador por Dzeko (55). Mais cedo, o CSKA Moscovo derrotou em casa o Besiktas por 2-1. O United tem seis pontos, três a mais que Wolfsburgo e CSKA Moscovo. O Besiktas ainda não pontuou.



Guiné-Bissau: Guineenses celebram independência nacional

Bissau – Guineenses organizaram parada militar para assinalar, esta quinta-feira, o 36/o aniversário da independência nacional.

Foram trinta e seis anos de um percurso sóbrio marcado por crises políticas e militares, que deixaram o tecido social e económicos frágeis. Hoje as perspectivas são de que a Guiné-Bissau reencontre o seu destino.

O novo ciclo de reposição da ordem constitucional, que agora teve início, alimenta o sentimento de esperança dos guineenses. O sentimento foi visível nas multidões que celebravam a data na Avenida Amílcar Cabral, na capital guineense, onde decorreram as cerimónias comemorativas, numa parada militar que há muito não era vista na Guiné-Bissau.

As mensagens dos grupos culturais, profissionais, militares e paramilitares, que desfilaram à frente da tribuna de honra, centraram-se no apelo à paz e à reconciliação. Um dos regimentos militares, entoando uma canção, apelou para que sejam «destruídas as armas».

Na mesma perspectiva, o Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, perante uma grande assistência, disse que chegou a hora de banir a violência e pensar no desenvolvimento do país.

Lassana Cassamá

terça-feira, 22 de setembro de 2009

China dá à Guiné-Bissau mais de 6 milhões de euros para diferentes áreas

O ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros da China, Xhai Jun, e o ministro da Defesa da Guiné-Bissau, Artur Silva, assinaram documentos de cooperação técnica, assistência alimentar e financeira, orçados em mais de seis milhões de euros.

"Constitui para mim uma satisfação muito particular ter esta oportunidade de assinar em nome do Governo da China o protocolo de cooperação técnica entre a China e a Guiné-Bissau e um documento sobre o fornecimento de assistência em alimentação", afirma o governante chinês.

"Queria salientar que escassos dias depois da tomada de posse do Presidente (Malam Bacai) Sanhá, o Governo chinês enviou-me para efectuar esta visita, que é um símbolo para demonstrar a importância que a China atribuiu à relação bilateral com a Guiné-Bissau", salienta Xhai Jun.

O ministro chinês sublinha ainda a "vontade forte" do Governo da China de continuar a desenvolver as relações de cooperação bilateral.

"Estou convicto de que a visita de trabalho que vossa excelência efectua ao nosso país irá sem dúvida relançar as excelentes relações já existentes entre os nossos países para patamares mais altos", afirmou por seu lado o ministro da Defesa guineense, Artur Silva, em substituição da chefe da diplomacia do país, que está em Nova Iorque para participar na Assembleia-Geral da ONU.

No seu discurso o ministro da Defesa guineense pediu apoio ao Governo chinês para a "construção da cidade judiciária, cujo projecto técnico se encontra em fase de finalização, assim como a recuperação do Palácio Presidencial, destruído durante o conflito político-militar de 1998".

A assistência alimentar dada pelo Governo chinês à Guiné-Bissau está orçada em 998.000 euros e o apoio financeiro em 5,9 milhões de euros.

O ministro-adjunto chinês chegou domingo à Guiné-Bissau para uma viagem de trabalho, que termina segunda-feira com visitas às obras, financiadas por Pequim, do Palácio do Governo e do Hospital Militar.

Xhai Jun reúne-se com o vice-presidente do parlamento guineense e fará uma visita de cortesia ao Presidente Malam Bacai Sanhá.

Zhai Jun iniciou quinta-feira uma deslocação por quatro países africanos que teve início na África do Sul.

Além da África do Sul e Guiné-Bissau, Zhai Jun desloca-se também a Cabo Verde e à Mauritânia para "aprofundar relações bilaterais".

A China tem uma presença cada vez maior em África e em 2008 o comércio com o continente africano atingiu a soma recorde de 72,5 mil milhões de euros.
Na Guiné-Bissau a cooperação chinesa incide principalmente na construção de várias infra-estruturas e nas pescas.

sábado, 12 de setembro de 2009

Brasil é o principal ponto de passagem do narcotráfico para África

Brasília - África é uma prioridade brasileira, estabeleceu o presidente Lula da Silva, consequentemente o combate ao narcotráfico no continente africano tornou-se também numa prioridade da Policia Federal brasileira que privilegia a cooperação com os países lusófonos.

«Hoje o narcotráfico já não é como antes» dizem em Bissau e na Praia, Cabo Verde, fazendo alusão ao período em alguns nacionais enriqueciam subitamente e «mostravam que eram ricos, com grandes casas novas e luxuosos carros a brilhar, comprados com o dinheiro da droga». Aviões aterravam misteriosamente no interior da Guiné-Bissau, e portos marítimos cabo-verdianos recebiam contentores com estranhas mercadorias enquanto luxuosas moradias nasciam num ritmo desenfreado.

Em África, particularmente na Guiné-Bissau e Cabo Verde, a opinião geral considera que o narcotráfico «quase desapareceu», e hoje é história de um passado recente, por vezes ainda introduzido nos discursos políticos.

Apenas num ponto são unânimes, quando designam a origem do narcotráfico, África subsaariana não é produtora de cocaína, mas sim uma plataforma de um «tráfico importado da Colômbia e do Brasil».

Luiz Cravo Dórea, coordenador-geral de repressão a entorpecentes na directoria de combate ao crime organizado da Polícia Federal brasileira, em entrevista à PNN reconheceu que «a maior parte da droga que vai para África passa pelo Brasil», mas sublinha que «o Brasil não produz cocaína», apenas produz «maconha» (liamba) e de fraca qualidade «não exportável».

Dados da ONU apontam para 845 toneladas o volume de produção mundial de cocaína. Através do Brasil transitam cerca de 80 toneladas, metade fica no país para «consumo interno» e a segunda metade parte para o exterior, principalmente para o «mercado» europeu.

Todavia, o Brasil «é de facto um país de trânsito do narcotráfico, confirma Luiz Cravo Dórea, e África é o continente de predilecção dos traficantes mas também a opção mais dispendiosa, devido à necessidade de aplicação de uma logística mais complexa para o reencaminhamento das drogas para a Europa e utilização de mais intermediários. As acções das polícias nacionais e internacionais obrigam também os narcotraficantes a inovarem constantemente as rotas da droga. Todavia, a instabilidade e insegurança de vários Estados africanos torna-se num factor de «segurança» para os traficantes, justificando assim o investimento e a utilização de meios colossais que resultam em benefícios proporcionais.

Para o responsável da Polícia Federal «Cabo Verde e Guiné Bissau ainda são as principais plataformas do tráfico de cocaína que transita para Europa por via aérea, no entanto, realça, o transporte marítimo continua a ser o meio privilegiado dos traficantes. «O que mudou foi a metodologia operacional dos narcotraficantes.»

Menos mediatizada que Cabo Verde e a Guiné-Bissau, é a rota do narcotráfico no eixo Angola, África do Sul, Republica Democrática do Congo, considerada pela Polícia Federal como uma «rota antiga». Investigações da Policia Federal revelaram que esse tráfico é desenvolvido por via aérea, a partir do Brasil, através de companhias aéreas nacionais que efectuam voos directos regulares para o continente, no entanto a via marítima continua a garantir aos traficantes um transporte quantitativamente superior e «seguro».

Do Brasil, «em termos quantidade de droga transportada por via aérea, Angola está em primeiro lugar como país receptor, seguida pela África do Sul. A Guiné-Bissau é o líder na recepção por via marítima» através de navios que partem dos portos brasileiros do Ceará, Santos e Paranaguá.

A Polícia Federal tem conseguido «eliminar algumas redes», mas, «é humanamente impossível travar o tráfico de droga de uma maneira absoluta. O Brasil tem mais 7.400 km de faixa marítima, um controlo absoluto da costa é impossível». De Santos, maior porto da marinha mercante na América Latina, por mês são despachados 150 mil contentores e apenas é possível controlar um a dois por cento.

Para travar o fluxo e trânsito do narcotráfico no país a Polícia Federal estabeleceu acordos com os «principais produtores» de cocaína na América Latina (Colômbia, Paraguai, Peru e Bolívia), e substituiu a DEA (Drug Enforcement Administration) na Bolívia quando, por motivos políticos, o Governo de La Paz decidiu «expulsar» do país a organização estatal americana de combate ao narcotráfico.

Na cooperação internacional no combate ao narcotráfico, «a nossa atenção vai para os países da África Ocidental», confirma o responsável da Polícia Federal. «Já começamos a formar polícias africanos, de São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, Angola e Cabo Verde, nas nossas academias, ou seja privilegiamos os países da CPLP» e neste âmbito «estamos dispostos também a desenvolver a criação de uma academia de polícia na Guiné-Bissau, mas a Europa também terá de participar». Em 2010 a Policia Federal prevê aumentar a cooperação técnica de capacitação policial em África sobretudo no campo da legislação contra lavagem de dinheiro, uma área vital na mecânica do narcotráfico.

A lavagem de capitais está directamente associada aos gigantescos benefícios gerados no comércio da cocaína que seduzem o continente africano onde a maioria da população vive diariamente com 70 cêntimos de euro. Um quilo de pasta base de cocaína, pura, é adquirido num país produtor, como a Bolívia, por cerca de 800 dólares, que gera 6 mil dólares no Brasil e 30 mil na Europa. Não é assim necessário um grande investimento para iniciar uma «micro rede». No Brasil 90 por cento do tráfico já é garantido por micro carteis por vezes compostos por apenas um ou três traficantes, uma mutação estrutural já exportada para África e desenvolvida por nacionais.

Na Guiné-Bissau e em Angola surgiram múltiplos ‘negócios de fachada’, criados oficialmente por nacionais e estrangeiros», que na realidade são autênticas filiais dos carteis colombianos geridas por nacionais formados pelos «barões. Mudando assim a face dos traficantes.

O exemplo do Brasil é flagrante. «Os traficantes estrangeiros que mais se destacavam no país eram os nigerianos. Hoje ainda são dominantes no ‘mercado’ em São Paulo, mas deixaram de utilizar os seus compatriotas como «mulas» (pessoas que transportam as drogas). Agora o transporte é particularmente garantido por brasileiros e europeus brancos... mesmo nos destinos para África» sublinhou Luiz Cravo Dórea.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Guiné-Bissau: GIC-GB vai discutir reforma nos sectores da Defesa e Segurança

Lisboa - O Grupo Internacional de Contacto para a Guiné-Bissau (GIC-GB) vai reunir-se no dia 22 de Setembro, em Nova Iorque, EUA, para debater a reforma nos sectores da Defesa e Segurança do país.

De acordo com o Secretário de Estado das Relações Exteriores e da Cooperação de Portugal, João Gomes Cravinho, um dos temas principais da reunião será a reforma do sector da Defesa e Segurança na Guiné-Bissau. Cravinho adiantou que a reunião foi marcada com o secretário executivo da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), Mohamed Ibn Chambas com o intuito de juntar «esforços para apoiar a Guiné-Bissau nestes próximos meses e ao longo dos próximos anos».

O Secretário de Estado das Relações Exteriores e da Cooperação português, é da opinião de que a Guiné-Bissau vai destacou que a Guiné-Bissau vai precisar «de muito apoio para que os caminhos do desenvolvimento sejam assumidos por toda a elite política e militar» apesar de se poder falar de uma «situação institucionalmente normalizada».

Nações Unidas e União Europeia vão ter um papel «fundamental» na reforma dos sectores da defesa e segurança guineenses estando programado que as duas instituições vão «trabalhar em estreita ligação para que, seja no âmbito da formação da polícia, seja no âmbito da reforma das forças armadas, se encontrem as soluções necessárias», disse Cravinho.

Uma das medida que tem sido desenvolvida, no sentido da reforma dos sectores da Defesa e Segurança, baseia-se na criação de um fundo de pensões nas forças armadas guineenses, o que «vai permitir que mais de metade dos actuais efectivos das forças armadas passem para a situação de reforma, com uma pensão que permita viver com dignidade e que permita introduzir sangue novo nas forças armadas», disse. João Cravinho.

Guiné-Bissau: Lula da Silva convida Bacai Sanhá a visitar o Brasil

Bissau – O Presidentebrasileiro, Luíz Inácio Lula da Silva, convidou o recém-eleito Presidente da República da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá para visitar o seu país, em data ainda a definir.

Numa mensagem envida ao chefe de Estado guineense, por ocasião da sua investidura ao cargo do Presidente da República, no dia 8 de Setembro, o chefe de Estado brasileiro afiançou o seu homólogo da Guiné-Bissau de que o seu país vai continuar o seu compromisso de ajuda ao progresso e consolidação da paz no país.

Como exemplos do compromisso assumido, Lula da Silva referiu, na sua missiva, iniciativas como aquelas que estão em curso no Centro Cultural Brasileiro na Guiné-Bissau e no Centro de Formação Profissional de Bissau, financiado pelo Governo brasileiro. Lula da Silva referiu que estes são, entre outros, exemplos do interesse do Brasil na promoção da ampla cooperação bilateral entre o seu país e a Guiné-Bissau.

A nível político, o chefe de Estado brasileiro disse na sua mensagem ter acompanhado com preocupação os recentes acontecimentos, que considerou graves, que marcaram a cena política do país, e que ameaçaram de certa forma a paz e a democracia na Guiné-Bissau.

Na mesma mensagem, Lula da Silva adiantou ainda que com a realização das recentes eleições, foi confirmada a vontade do povo guineense de rumar à reafirmação e institucionalização das instituições democráticas nacionais com vista ao desenvolvimento socioeconómico do país.

Estas são entre outras, causas que Lula da Silva disse estar convicto que Malam Bacai Sanhá, enquanto Presidente da República, vai poder desenvolver. Por último, o estadista brasileiro mostrou-se esperançado no desenvolvimento da Guiné-Bissau, país ao qual o Brasil está ligado por fortes laços de amizade e de solidariedade.

Sumba Nansil

Durante a cerimónia de investidura de Bacai Sanhá Presença do líder da Frente Polisário em Bissau deteriora relações com Marrocos

Bissau – A presença do Presidente Árabe Sarauí Democrática (RASD), líder da Frente Polisário, Mohamed Abdelaziz, na cerimónia de investidura de Malam Bacai Sanhá ameaça relações entre Guiné-Bissau e Marrocos.

O Reino de Marrocos está descontente com a presença do Presidente da RASD na cerimónia da investidura de Malam Bacai Sanha ocorrida a 8 de Setembro, apurou a PNN junto de uma fonte diplomática.

Não houve ainda qualquer nota de protesto a este facto, por parte de Marrocos, mas a presença de Mohamed Abdelaziz motivou da ausência do Primeiro-ministro marroquino na cerimónia de investidura do novo presidente guineense onde estiveram cinco Chefes de Estado de países africanos.

Pelos mesmos motivos de Rabat, Mousa Dadis Camará, Presidente da Junta Militar de Guiné-Conakry, também não esteve presente.

Marrocos tem desenvolvido muito a cooperação com Guiné-Bissau, sobretudo no domínio do ensino, acolhendo, neste momento, mais 300 bolseiros guineenses. As autoridades guineenses ainda não se pronunciaram sobre o «incidente».

Após uma suspensão de reconhecimento, em vigor desde Março de 1997, o executivo do Carlos Gomes Júnior em Maio deste ano reconhecera formalmente a existência da República Árabe Saraui Democrática, RASD, como um Estado de direito, o Governo guineense defendera que sustentara a sua medida com base nas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a questão Saara Ocidental.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Malam Bacai Sanhá tomou posse como Presidente

Bissau - Malam Bacai Sanhá tomou posse esta terça-feira como Presidente da República guineense, numa cerimónia que começou com três horas de atraso e que decorreu no Estádio 24 de Setembro, em Bissau.

Enquanto se preenchia o tempo para que a cerimónia arrancasse, o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior foi circulando pelo estádio, segundo a Lusa abraçado ao líder do Partido da Renovação Social (PRS), Kumba Ialá, candidato derrotado na segunda volta.

Na cerimónia, que não começo à hora prevista devido ao atraso do chefe de Estado nigeriano, estiveram presentes os seus homólogos de Cabo Verde, Pedro Pires, Senegal, Abdoulaye Wade, Gâmbia, Yaya Jameh, Nigéria, Umaru Yar’Adua, Burkina Faso, Blaise Campaoré, e República Árabe Saraui Democrática, Mohamed Abdelaziz, bem como o vice-presidente do Parlamento angolano, João Lourenço, e o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.

Também o primeiro-ministro da Guiné Conacri, Kobine Komara, o vice-primeiro-ministro timorense José Luís Guterres, o ministro moçambicano da Defesa, Filipe Nyusi, o duque de Bragança e o secretário-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o guineense Domingos Simões Pereira. As Nações Unidas fizeram-se representar pelo secretário-geral adjunto para os assuntos políticos, o eritreu Hailé Menkerios e pela presidente da configuração específica da comissão para consolidação da paz para a Guiné-Bissau, Maria Luíza Viotti. .
As Nações Unidas fizeram-se representar pelo secretário-geral adjunto para os assuntos políticos, o eritreu Hailé Menkerios.

Os Estados Unidos, Canadá, Líbano, Reino Unido, Israel, Gana, Correia do Sul, Índia, Paquistão e o Japão estiveram representados pelos respectivos embaixadores ou encarregados de negócios, sendo que a maioria está baseado em Dacar, Senegal. Malam Bacai Sanhá, de 62 anos, é o quarto Presidente efectivo da Guiné-Bissau, depois de Luís Cabral, «Nino» Vieira e Kumba Ialá, e do dois presidentes interinos, Henrique Pereira Rosa e Raimundo Pereira.

O novo chefe de Estado irá coabitar com o Governo de Carlos Gomes Júnior, líder do PAIGC, num sistema que ele próprio referiu como semi-presidencial. E é em conjunto que os dois homens terão de decidir se mantêm ou substituem o actual Estado-Maior General das Forças Armadas, chefiado por José Zamora Induta, capitão-de-mar-e-guerra, posto equivalente ao de coronel do Exército.

O boletim confidencial “Áfricamonitor intelligence” adiantava hoje, em Lisboa, que Sanhá deverá confirmar Zamora Induta e promovê-lo ao posto de almirante.

Os principais parceiros das Forças Armadas têm vindo a preconizar uma reforma das Forças Armadas, como forma de se contribuir para a estabilidade da Guiné-Bissau, que segundo a CIA é um dos seis países e territórios menos desenvolvidos do mundo, com um rendimento per capita inferior aos do Níger, da Serra Leoa e da Eritreia.

“As Forças Armadas da Guiné-Bissau são uma estrutura invertida, que tem muito mais oficiais e sargentos do que praças. Portanto, há que começar a trabalhar para inverter esta pirâmide numa pirâmide lógica, e o número de soldados tem que aumentar e o número de quadros de comando tem que diminuir”, disse em Julho o general espanhol Juan Verástegui, chefe da missão da União Europeia de apoio à reforma do problemático sector guineense da segurança.

Os chefes dos Estados-Maiores do Benin, Cabo Verde, Gâmbia, Nigéria e Senegal chegaram esta semana a Bissau para “ajudar a encontrar soluções práticas para os muitos desafios políticos e de segurança que ameaçam lançar o país numa instabilidade ainda maior” do que aquela em que até agora tem vivido.

domingo, 6 de setembro de 2009

Bissau – Após uma profunda crise, a imprensa guineense regressa às ruas. Destaques para as manchetes do «Diário Bissau», «No Pintcha» e do mais recent

O «Diário Bissau», destaca os desafios da magistratura de Malam Bacai Sanha. Em título, o semanário escreve: «Os Limites da Lei...», acrescentando que o recém eleito presidente está perante «uma tarefa hercúlea». Segundo o «Diário Bissau», Bacai Sanha necessita de uma equipa «tão extraordinária e habilitada que julga-se ser difícil encontrar no mercado nacional. Mas, com muito esforço, talento e abnegação pode criar uma equipa capaz de remediar a situação».

Em grande reportagem o mesmo jornal aborda a crise de peixe que nas últimas semanas tem afectado o mercado guineense. Com fotos ilustrativas e várias opiniões de consumidores e vendedeiras, o «Diário Bissau» salienta: «o preço do peixe sobe no mercado e escasseia, o consumidor desespera, adiantando que de madrugada até ao raiar do sol, as canoas de Nhomincas navegam nas águas do canal do rio Geba em direcção ao mais antigo porto da capital, Pindjiguiti».

O caso do Petroleiro de pavilhão Panamá apreendido esta semana nas águas territoriais guineenses, mereceu também destaque no «Diário Bissau». O navio, com 11 tripulantes, cubanos, ganeses e um cabo-verdiano, está ancorado sob custódia da marinha de Guerra. O jornal recorda que em Abril deste ano, um pesqueiro português, o «Ria Mar», foi apresado pela FISCAP acusado de utilização de malhagem não declarada para pesca de camarão, acabando por ser libertado mediante o pagamento de uma multa de 150 mil dólares americanos.

«Nó Pintcha» optou por destacar a intenção da União Africana (UA) e CEDEAO de criarem uma missão conjunta para a Guiné-Bissau. Ilustrando a notícia com foto do Presidente em exercício da UA, o líder líbio, Muamar Kadafi, o jornal estatal cita um documento que descreve as acções projectadas pela organização como medidas para acelerar a resolução de conflitos no continente. Do mesmo documento consta o interesse da UA e CEDEAO em desdobrar o mais cedo possível uma missão de estabilização conjunta com o apoio das Nações Unidas, da União Europeia e de outros parceiros da Guiné-Bissau.

Ainda na primeira página do «No Pintcha»: «Batata quente ao Supremo Tribunal de Justiça. Missão de Observação da EU recomenda rigorosidade na selecção de candidatos». O semanário avança que no relatório apresentado pelo chefe da Missão da UE, Johan Van Hecke, reflecte toda a vida política do país, desde a sua independência, recomendando também o que deverá ser feito para melhorar os futuros processos eleitorais na Guiné-Bissau. O «No Pintcha» faz também alusão ao evento organizado, esta semana em Gabu, pelas Forças Armadas guineenses. Com foto de José Zamora Induta, vestido de branco durante as cerimónias de abertura e enceramento, o semanário escreve: «para reconciliação nas FA e aproximação à população, o Estado Maior General das Forças Armadas organiza intercâmbio cultura e desportivo».

«Donos da Bola», a mais recente publicação guineense, lança em manchete uma entrevista com o Secretario Executivo da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, Domingos Simões Pereira, que esteve em Bissau durante algumas semanas em visita privada. «O Secretário Executivo da CPLP acredita que os guineenses vão mudar de Livro e Escrever Histórias diferentes», coloca em título o jornal. Na mesma entrevista Domingos Simões Pereira considerou que o povo guineense não pode desmobilizar-se, o verdadeiro desafio só agora é que começa. «É preciso contribuir, fiscalizar, controlar, incentivar, aplaudir, participar e garantir o sucesso eleitoral, que culminou na eleição de Malam Bacai Sanhá ao cargo do Presidente da República», afirma.

Na secção internacional, «Donos da Bola» destaca que Estados Unidos estão decepcionados com Mussa Dadis Camará: «o Governo americano exprimiu-se fortemente decepcionado pelo adiamento das eleições na Guiné-Conakry entre Janeiro e Março de 2010», um texto apoiado por um comunicado da Embaixada dos Estados Unidos na capital guineense.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Bissau - Continuam desaparecidos os dois marinheiros da vedeta do Centro Formação Pesqueira de Bolama, que no último fim-de-semana naufragou, quando s

Oito pessoas seguiam a bordo da embarcação que naufragou quando tentavam socorrer um marinheiro que, sozinho, viu a sua canoa avariada no mar. Sete pessoas foram resgatadas com vida, e receberam assistência médica no Hospital Nacional «Simão Mendes», em Bissau, encontrando-se agora fora de perigo.

Em declarações à PNN, Cerilo Vieira, director-geral da pesca artesanal da Guiné-Bissau, disse que a esperança de encontrar mais sobreviventes é pouca, não obstante ter afirmado que «a esperança é último a morrer». «Cada hora que passa temos pouca esperança de encontrar mais pessoas com vida, contudo vamos continuar à espera das equipas de buscas que se encontram no mar», referiu o director-geral.

O responsável máximo da pesca artesanal responsabilizou o motorista da vedeta pela falha na colocação dos viajantes e tambores de combustíveis quando tentava prestar socorro à outra embarcação.