sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ACTUALIDADE DA GUINÉ-BISSAU

Jovens marcham pacificamente em Bissau a favor da paz, estabilidade e boa governação na Guiné Bissau

Bissau – ( Fonte: Rádiodifusão Nacional - RDN ) Os jovens marcharam pacificamente quinta-feira, em Bissau, a favor da paz, estabilidade e boa governação na Guiné Bissau.

Trata-se de uma iniciativa do Movimento Juvenil para a Paz e Estabilidade na Guiné Bissau.

Para já, o porta-voz da comissão organizadora da marcha, Pascoal Nalanquissé, defendeu o diálogo permanente entre os partidos para o bem do país.

"Esta marcha visa demonstrar a função da juventude face à actual situação política vigente na Guiné Bissau nos últimos tempos. Os jovens sairam à rua para chamar atenção dos nossos políticos de que já bastam conflitos de ideias entre eles, e para que haja algum espaço de diálogo para eles", apontou.

"Assim, o objectivo desta marcha é exigir e pedir a paz, estabilidade e boa governação da Guiné Bissau", acrescentou Pascoal Nalanquissé que apelou para a aderência da população da capital, Bissau.

Fazem parte deste Movimento Juvenil para a Paz e Estabilidade na Guiné Bissau, a CNJ, RENAJ, Fórum Nacional da Juventude e População e Fórum de Intervenção de Desenvolvimento Comunitário.

Bissau, ( Fonte: Rádio Sol Mansi - RSM ) - O presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) disse por seu lado que a marcha pacífica que se vai realizar esta quinta-feira juntará quatro plataformas juvenis da Guiné-Bissau, a saber, CNJ, RENAJ, Fórum Nacional da Juventude e População e Fórum de Intervenção de Desenvolvimento Comunitário.

Osvaldo Nanqui, Secretário-Executivo da RENAJ, defendeu que a manifestação não tem carácter partidário, porque os jovens não pertencem à nenhuma força política.

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A reforma no setor da defesa e segurança visa reorganizar as forças armadas e não excluir nenhum grupo étnico ou religioso

Bissau – ( Fonte: Rádiodifusão Nacional - RDN ) – A reforma no setor da defesa e segurança visa reorganizar as forças armadas e criar melhores condições para os reformados, reintegrados e nos quartéis, disse quinta-feira o ministro da Defesa Nacional.

Numa clara alusão às informações já avançadas pelos partidos políticos agrupados no colectivo da oposição democrática, o ministro da defesa nacional defendeu que o processo em curso não visa excluir um grupo étnico ou religioso.

"Eu quero dizer que este processo de reforma vai continuar avançando porque os seus principais actores estão determinados. Creio que se trata de um grande desafio que temos pela frente, ao qual nós todos temos que abraçar para o bem do nosso país, da nossa estabilidade e para a criação de condições de desenvolvimento social e económico da Guiné Bissau", defendeu.

"Portanto, a reforma não visa ninguém e não é feita contra ninguém, a reforma não nem contra um grupo social, a reforma não é contra nenhuma religião, não é contra nenhuma etnia, a reforma é de todos os guineenses, a reforma é da Guiné Bissau", esclareceu ainda o ministro.

Por seu lado, o CEMGFA, António Indjalé, é de opinião que os militares devem apenas cumprir missões que lhes são conferidas pela lei. Para António Indjalé só assim é possível estabelecer a paz e desenvolvimento do país.

"Quem diria que hoje o quartel de Quebo seria reabilitado, quem acreditava, ninguém. Tinhamos andares na casernas? tinhamos água? tinhamos quartel reabilitado? Não, por isso que eu disse que é um sonho, mas quero dizer que, para que este sonho se torne uma realidade, temos que cruzar as mãos nos quartéis e deixar os políticos na rua, para podermos alcançar a estabilidade. Quando alcançarmos a estabilidade, teremos a paz e com a paz o desenvolvimento. Tudo isso faz parte do desenvolvimento do governo da Guiné-Bissau. Com barulho teremos isso? Com tiros teremos isso? Temos que assegurar o nosso poder político a 100%, quem quer que seja, o povo o elegeu como Governo, temos que ir atráz dele" disse António Indjalé.

António Indjalé que falava quarta-feira durante a cerimónia de entrega dos quartéis reabilitados de Quebo e Gabú, onde manifestou total subordinação ao poder político e sua fidelidade ao Governo, para que este último conclua o mandato que o povo lhe atribuiu.

A reabilitação dos quartéis de Quebo e Gabú foi suportada pelas NU em cerca de 1 milhão de doláres americanos. Uma acção que o Representante Especial do Secretário Geral das NU no país, Joseph Mutaboba, considerou como um esforço conjunto entre as autoridades nacionais e os parceiros internacionais.

"Eu hoje estou convosco nesta cerimónia de entrega de reduto militar de Quebo. A nossa presença nesta cerimónia é uma prova de que só com a paciência, trabalho duro e perseverânça é que podemos alcançar os nossos objectivos. O quartel de Quebo é produto de um esforço conjunto de interesse nacional com os parceiros internacionais, através de apoio do Fundo das Nações Unidas para a Consolidação da Paz, e finalizar juntos, em coloboração para a implementação das actividades importantes aprovadas na estratégia nacional de reforma no setor de segurança, principalmente na melhoria das condições de vida e de trabalho do pessoal da defesa", sublinhou Mutaboba.

Importa destacar que a execução dessas duas obras foi assegurada pelo Escritório das Nações Unidas para serviços e projectos , UNOPS.

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Chefe das Forças Armadas diz que governo vai até ao fim

Bissau ( AngolaPress, 11-8-11 ) - O Chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general António Indjai, diz que se for pelos militares "este Governo vai até ao fim" da legislatura e apelou, mais uma vez, aos políticos para se afastarem dos quartéis, noticia hoje (quinta-feira) a LUSA.

O general Indjai, que falava quarta-feira nas cerimónias de entrega dos quartéis remodelados em Quebo e Gabú, afirmou que os militares "estão comprometidos com a causa da estabilidade" e por isso, "devem fazer tudo para dar condição ao Governo para que possa governar até ao fim" do mandato.

"Somos militares subordinados ao poder político. É nossa tarefa a defesa da Pátria e da integridade territorial e não nos imiscuirmos nos assuntos políticos", disse o general António Indjai, na presença do representante do secretário-geral das Nações Unidas, na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba.

Dirigindo-se aos militares, António Indjai exortou-os a não se imiscuírem nos assuntos dos políticos, lembrando que os soldados têm outras tarefas reservadas pela Constituição do país.

"Aviso os meus colegas nos quartéis, saiam detrás dos políticos! Saiam detrás dos políticos! Tratemos dos nossos quartéis, façamos as nossas actividades, defendamos a Pátria e a integridade do nosso território", afirmou António Indjai.

"Defendamos o território contra os que roubam as nossas riquezas no mar, contra os que traficam as crianças ou a droga, deixemos os políticos nas suas lutas", insistiu o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, para quem tanto o Presidente da República como o Governo pretendem que a paz reine no país.

O Comandante em chefe das Forças Armadas, segundo Indjai, é o presidente da República, ele quer a estabilidade e o Governo também, então "não temos outro caminho a não ser seguir o que eles pretendem para o país".

O general congratulou-se com os quartéis de Quebo (no sul) e de Gabu (leste), salientando que a reconstrução daquelas unidades só foi possível porque há paz no país.

Para o chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau o "problema de ingerência dos militares na vida política" só acontece em Bissau uma vez que "nos quartéis do interior nada disso acontece".

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Presidente da República mantém confiança no Primeiro-Ministro

Bissau, ( PNN Portuguese News Network ) - O Presidente da República, Malam Bacai Sanha, decidiu não demitir o Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, conforme a exigência da oposição que, há três semanas, tem promovido marchas com este propósito.

Num comunicado emitido, esta terça-feira, 9 de Agosto, pelo porta-voz da Presidência da República, Agnelo Regalla, o Chefe de Estado guineense considera «não existirem elementos suficientes para pôr em causa o normal funcionamento das instituições da Republica».

O Presidente da Guiné-Bissau salientou a determinação no combate à impunidade, corrupção e garantia da aplicação da justiça mas sempre consciente do princípio da separação de poderes, numa clara alusão ao caso dos assassinatos de Março e Junho de 2009. A nomeação de um novo Procurador-geral da República teve origem na necessidade de conferir maior celeridade aos processos de investigação dos referidos casos.

O Presidente da República apela ao «diálogo permanente, à ponderação e à moderação dos actos dos actores políticos, para que seja preservado o frágil clima de estabilidade política e paz social em que o país se encontra».

Sobre a atitude do Presidente Malam Bacai Sanha, o Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, recorre também ao diálogo com a oposição: «Nós queremos pedir aos líderes da oposição para nos sentarmos a discutir os interesses do país, no sentido de encontrar melhores vias de continuar servir a Guiné-Bissau. Estas crises cíclicas apenas servem para desencorajar quem trabalha. A oposição está a fazer o seu papel mas deve fazê-lo de forma responsável».

O Primeiro-ministro guineense disse ainda sentir a confiança do Presidente da República e do povo. Garantiu que trabalha de consciência tranquila para servir o país, citando relatórios de organizações internacionais, que elogiam o seu desempenho à frente do Governo guineense.

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O advogado Silvestre Alves entra com uma acção judicial para impugnar o último congresso da Ordem de advogados

Bissau – ( Fonte: Bombolom- FM ) – O advogado Silvestre Alves entra com uma acção judicial para impugnar o último congresso da Ordem de advogados, que levou a eleição Fernando Quadé, antigo membro da direcção anterior.

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Eleição do bastonário da ordem de advogados: descobertos falsos votantes

Bissau – (Fonte: Radio Sol Mansi – RSM) – O processo eleitoral de eleição do novo bastonário da ordem de advogados da Guiné Bissau está a ter problemas, devido a descoberta pelo mandatário do concorrente Silvestre Alves, de cerca de 16 especulações ou votantes falsos.

Em conferência de imprensa nesta quinta-feira, o advogado do malogrado concorrente, Franklin Jorge disse que vai entrar com uma acção judicial, para impugnar o processo.

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