quinta-feira, 3 de maio de 2012

ACTUALIDADE GUINÉ-BISSAU


PR interino e primeiro-ministro estão em Dacar para reunião da Comunidade da África Ocidental

Fonte: Lusa - O Presidente interino e o primeiro-ministro guineenses estão em Dacar e vão participar na cimeira do Grupo de Contacto sobre a Guiné-Bissau, que se reúne quinta-feira na capital senegalesa, disse, na quarta-feira, à Agência Lusa fonte oficial cabo-verdiana.

A fonte sublinhou que Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior - detidos a 12 de abril na sequência de um golpe de Estado na Guiné-Bissau e libertados na passada sexta-feira, dia em que seguiram para Abidjan - seguiram diretamente da capital da Costa do Marfim para Dacar, sem precisar a data.

A cimeira do Grupo de Contacto, que analisará as situações político-militares na Guiné-Bissau e também no Níger, vai reunir na presença de seis chefes de Estado (Nigéria, que preside, Senegal, Benim, Gâmbia, Guiné-Conacri e Togo) e de um primeiro-ministro (Cabo Verde) dos sete países que o integram.

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Sete chefes de estado e de governo que compõem o grupo de contato reúnem-se quinta-feira em Dacar

Bissau (Fonte: Bombolom-FM) - Os chefes de estado e de governo do grupo de contato deverão reunir-se esta quinta-feira na capital senegalesa, Dacar.

A reunião visa a tomada das medidas necessárias para a imposição das decisões saidas da cimeira de CEDEAO de 26 de abril, que decorreu em Abidjan, na Costa do Marfim.

Tudo acontece numa altura em que a CEDEAO confirma sanções diplomáticas, económicas e financeiras sobre a Guiné Bissau , depois do fracasso do encontro de Bandjul entre os ministros dos NE dos países que compõem o Grupo de Contato Regionais e parceiros políticos da Guiné Bissau.

O regime de sanções que entrou em vigor à meia noite de 29 de abril também direcionado aos membros do auto-denominado Comando Militar e seus apoiantes, acusados do atual impasse no processo político do país.

Constituem o grupo os países como o Benin, Cabo Verde, Gâmbia, Guinée Conacri, Senegal e Togo, e são presididos pela Nigéria.

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A Dakar, le sommet des chefs d'Etat de la Cédéao est marqué par la crise en Guinée-Bissau

Fonte: RFI.fr - A Dakar, s'ouvre ce jeudi 3 mai un sommet des chefs d'Etat de la Cédéao en grande partie consacré à la crise en Guinée-Bissau. Depuis le 29 avril, la junte bissau-guinéenne est sous sanctions de la Cédéao pour n'avoir pas rempli toutes les conditions posées par la Cédéao au retour à l'ordre constitutionnel dans le pays, après le coup d'Etat du 12 avril. La junte refuse un point : le rétablissement du président Raimundo Pereira dans ses fonctions.

Le problème posé aux acteurs bissau-guinéens est simple : il faut rétablir la légalité constitutionnelle et enclencher enfin la transition. Mais, comment rétablir cette légalité sans fâcher personne ?

A priori, la solution la plus évidente consiste à remettre à son poste Raimundo Pereira, le président déposé le 12 avril. C'est ce qu'attend la Cédéao (Communauté économique des États de l'Afrique de l'Ouest). Le problème, c'est que la junte ne veut plus entendre parler de Pereira. Les militaires ont donc proposé à son parti, le PAIGC (ancien parti au pouvoir, le Parti africain pour l'indépendance de la Guinée et du Cap-Vert ), de le remplacer par l'actuel président du Parlement, Manuel Serifo Nhamadjo.

Ce fut l'objet des deux journées de négociations qui se sont déroulées à Bissau. Seul inconvérnient, Manuel Serifo Nhamadjo est considéré comme le chef de file de l'opposition interne au PAIGC et la majorité du parti n'en veut pas. A cause de cette lutte interne au sein du PAIGC, les acteurs bissau-guinéens sont incapables de remplir les conditions posées par la Cédéao.

On va donc se retrouver, ce jeudi 3 mai à Dakar, devant un bel imbroglio : un PAIGC qui ne voulant pas être écarté de la future répartition du pouvoir, est prêt à travailler avec les putschistes, mais demeure prisonnier de ses querelles internes.

La solution pourrait venir d'une élection au bureau de l'Assemblée nationale qui se choisirait un nouveau président, lequel deviendrait automatiquement président de la transition. Mais aucun responsable bissau-guinéen ne fera le déplacement à Dakar jeudi pour expliquer les choses aux chefs d'Etats réunis en sommet.

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ECOWAS sanctions Guinea-Bissau after failed talks

ECOWAS has imposed diplomatic, economic and financial sanctions on Guinea Bissau after talks in Banjul on 29th April 2012 between Foreign Ministers of the regional Contact Group and Guinea Bissau’s political stakeholders failed to reach an arrangement to return the country to constitutional rule within 12 months.
 
The sanctions regime which went into effect by midnight on 29th April 2012 also targets members of the junta that seized power in the 12th April military coup, and their associates blamed for the current impasse in the country's political process.

The coup has disrupted the political process to elect a replacement for President Bacai Sanha who died in January 2012.

The seven-nation Contact Group of Benin, Cape Verde, The Gambia, Guinea, Senegal and Togo, which is chaired by Nigeria was set up by the extra-ordinary summit of regional leaders on 26th April 2012 in Abidjan, to follow up the decisions of the summit in resolving the current political crisis in the
country.
 
The Abidjan extra-ordinary summit denounced the coup and the attempt by the military command to foist a political arrangement on the country through the formation of a National Transitional Council which the regional leaders condemned as unconstitutional and vowed not to recognize it in line with the
region’s zero tolerance policy for unconstitutional accession to power.

The summit also authorized the deployment of a contingent of a regional Standby Force to replace Angolan troops in Guinea Bissau.
 
Furthermore, the summit issued a 72-hour ultimatum to the military junta to submit to a mediation process for a consensual transition arrangement that will result in the restoration of constitutional democracy with the Contact Group mandated to follow up on the process.

But after more than 12 hours of talks in Banjul between the Foreign Ministers and representatives of the Guinea Bissau junta, political parties and civil societies chaired by President Yahya Jammeh, the Contact Group “concluded that it was fruitless to continue as it became obvious that the head of the
military junta was not willing to negotiate and clearly prefers to face the consequences."

A delegation of the Ministers, which includes the President of the ECOWAS Commission, Ambassador Kadre Desire Ouedraogo, left for Abuja after the talks to brief President Goodluck Jonathan on the outcome of the meeting.
 
Heads of State and Government of the Contact Group are due to meet on Thursday, 3rd  May 2012 to take "all necessary measures" to enforce the decisions of the 26th April 2012 extra-ordinary summit.

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No país, está-se longe de encontrar uma solução para a crise suscitada pelo golpe de 12 de abril último

Bissau (Fonte: Bombolom-FM) - Por cá, no princípio da tarde de quarta-feira, o PAIGC, partido no poder até ao golpe militar e a FRENAGOLPE - que congrega várias formações políticas, instituições, organizações da sociedade civil e personalidades individuais realizaram uma conferência de imprensa em Bissau.

A conferência de imprensa visava falar do encontro de Bandjul e do outro havido lugar terça-feira com o bispo de Bissau, D. José Camnate na Bissing.

Este maior partido político do país, através do seu responsável para a comunicação, Fernando Mendonça, foi peremptório em afirmar que jamais esta força política aceitará negociar com o Comando Militar para legitimar o golpe de estado.

"Assaltar o poder com as armas, isso não vai ser. Mas, há uma coisa que não vai acontecer, as pessoas não conseguem falar e alinhar com eles para legitimar o golpe. Isso eles não vão conseguir, o PAIGC não alinhar com eles nem com ninguém; é preciso que eles saibam que, se vão fazer isso, então será com base na força e não com a vontade do PAIGC e muito menos com o conluio deste último", declarou.

Na mesma diapasão, o líder do PST e secretário executivo da FRENAGOLPE, Iancuba Djolá Indjai, apelou para uma frente comum de todos os guineenses, para lutarem a favor da reposição da legalidade democrática e constitucional na Guiné Bissau.

"São intimidações e tomada do poder pela força, sobretudo no leste (do país). Soubemos que as pessoas que perderam ali é que se tornaram as vencedoras. Mas, desde quando? Se se perde nas urnas logo se torna em vencedor em quê?", apontou.

"Nós já falado aqui e vamos repetí-lo agora - a arma nunca poderá ganhar ao povo. Até amanhã, eles só vão se cansar. Por isso, apelamos à todos os guineenses: em pé, irmãos! O que está em causa é a dignidade dos guineenses. O que está em causa é a democracia que conquistamos; punhamo-nos de pé nós todos como um só homem e façamos frente à essas pessoas, pacificamente para os colocarmos no seu lugar devido, onde os partidos possam fazer a política e a tropa faça a sua tropandade, em que os sindicatos farão o sindicalismo e mais nada! É isso que queremos", avançou.

"Nós, da FRENAGOLPE vamos aqui afirmar que isso é uma tentativa vã, tardia de legitimação endógena de golpe de estado, que já acabou. Isso não vai passar. Ninguém vai legitimar golpe de estado, e nem eles podem nos enganar com a matemática do quartel - a legitimação do golpe não existe", zombou Djolá Indjai.

Este membro da FRENAGOLPE foi ainda mais longe ao recordar a 'tolerância zero' decretada pela CEDEAO com relação aos golpes de estado.

"Foi discutido, há a tolerância zero. Mas, o zero é o quê? O zero é nada, é coisa nula; portanto, golpe de estado é zero!, golpistas é zero!", voltou a gozar Iancuba Djolá Indjai, que questionou a tão propalada 'normalidade que se vive no país', conforme tem avançado o porta-voz do Comando Militar.

""Nós somos pelo retorno da ordem constitucional de todos os órgãos. Este é o maior desejo que temos. Nós dissemos todos os órgãos do estado da Guiné Bissau, tal que descritos na constituição e tal como vinham funcionando até esse dia 12 de abril, 7 horas; isso, sim, deve ser retornado".

"Representante ou porta-voz do Comando Militar tem estado a dar a impressão de que tudo vai bem na Guiné Bissau. Não há nada, e as pessoas têm ido para Varela. Sobre isso, eu gostava de alertar as comunidades nacional e internacional de que, a partir de terça-feira, (1 de maio), todas as administrações setoriais foram ocupadas pelos militares. Ora, é isso a normalidade? Eles até já estão a cobrar receitas e os mercados. Então, é normal que a tropa faça cobranças no mercado? Este homem anda a dizer que a situação já é normal. Mas, como pode isso ser verdade, se 100% dos nossos membros do Governo vivem na clandestinidade? Como é que a situação está normal se o nosso Presidente da República está aonde está agora? Como é que a situação está normal se o nosso PM e candidato vencedor das eleições não está no país? Mas, como é que a situação está normal olá meu irmão Na Walna se vocês nos impedem de manifestar, e procuram calar nossas bocas e fizeram a que a maioria dentre nós que estamos deste lado viva na clandestinidade? Ah, isso é normal? Consideras normal que vocês deiam segurança à parte de guineenses e deixem a outra parte sem segurança?", questionou.

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Um morto em Bissau e três em Bafatá é o balanço do 1º de maio deste ano no país

Bissau (Fonte: Bombolom-FM) - Um óbito, doze casos de agressões e sete acidentes de viação é o balanço dos festejos do 1º de maio, que pouco se comemorou este ano no país, sobretudo na capital, Bissau e arredores, indicou o diretor dos serviços de urgência do banco de socorros do Hospital Nacional Simão Mendes.

Em declarações à imprensa, Waldir Djaló disse que este ano, os casos são menores se comparados com os dos anos anteriores.

"No serviço de urgência, atendemos trinta casos na cirurgia e tivemos um ingresso; tivemos doze agressões, sete acidentes e um óbito. No serviço da ortopedia tivemos oito casos que não têm ligação com os festejos de 1º de maio. Também, na medicina, tivemos quinze casos. O único ingresso que se fez ocorreu no sábado na região de Cacheu e nada tem a ver com a festa dos trabalhadores. O falecido foi vítima de uma agressão", acrescentou.

Na região de Bafatá, porém, o balanço é triste devido a morte de três crianças na ponte Saltinho. As três crianças que nadavam nas águas da ponte pertenciam à mesma família.

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Regiões de Bolama e Tombali poderão ter registado casos de cólera

Bissau (Fonte: Bombolom-FM) - Casos de cólera foram registados nas regiões de Bolama e Tombali, informou quarta-feira o blog ditadura de consenso.

A notícia não foi ainda confirmada pelos serviços competentes.

Contudo, informações deram conta que análises feitas as amostras de diarreia recolhidas nessa parte sul do país apresentaram resultados contraditórios.

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