Washington (GBissau.com, 18 de Abril de 2013)
Num press release tornado público hoje na capital Washington,
António Indjai é identificado como o co-conspirador de um plano que prévia a
intermediação das Forças Armadas guineenses num negócio de armas, nomeadamente
mísseis terra-ar, para a guerrilha colombiana das FARC, que os EUA consideram
de uma organização terrorista estrangeira.
António Indjai é indiciado de se ter para o efeito usado do seu
poder e funções, para envolver o estado e as instituições guineenses num
negócio de tráfico de armas – venda de mísseis terra-ar para uma organização
terrorista estrangeira e narcoterrorismo e de conspirar para importar drogas
para os Estados Unidos.
A “acusação de hoje reflecte o compromisso da DEA para garantir a
segurança da nossa nação e proteger os nossos cidadãos”, disse administradora
da DEA Michele M. Leonhart. Para ela, “essas acusações revelam como Indjai e o
seu regime de terror têm ameaçado a segurança nacional dos EUA, do seu próprio
país, e de todo o globo”.
Para a DEA, como chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António
Indjai “teve acesso privilegiado aos instrumentos do poder nacional que fez
dele uma figura significativa no comércio de drogas perigosas para a África
Ocidental”.
O comunicado da DEA sublinha a parceria do alto oficial guineense com
indivíduos que ele acreditava serem parte de uma organização terrorista como as
FARC, o que terá permitido a Indjai “a expansão das suas actividades
criminosas, com danos” imprevisíveis.
Assim, a DEA diz ter tomado uma acção decisiva contra “este narco-terrorista”
[António Indjai] e a sua rede de facilitadores”.
E nas palavras da Procuradora dos Estados Unidos para o Distrito Sul
de Nova York, Preet Bharara, “tal como acontece com tantos funcionários
supostamente corruptos, Indjai vendeu a si mesmo, usando o seu país por um
preço”.
As acusações contra Indjai, juntamente com as recentes prisões dos
seus alegados “co-conspiradores, desmantelaram uma rede de supostos
narcoterroristas”, revela a DEA.
Sobre o general António Indjai recaem as seguintes acusações:
- Uma acusação de conspiração para se envolver em narco-terrorismo;
- Uma acusação de conspiração para distribuir cinco ou mais quilogramas de cocaína, sabendo ou pretendendo que a mesma seja importada para os Estados Unidos;
- Uma acusação de conspiração para fornecer apoio material e recursos para uma FTO (organização terrorista internacional);
- Uma acusação de conspiração para adquirir e transferir mísseis antiaéreas.
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