quarta-feira, 29 de julho de 2009

Malam Bacai Sanhá é novo presidente da Guiné-Bissau

A Comissão Nacional de Eleições da Guiné Bissau divulga no fim da manhã desta quarta-feira, 29, os resultados oficiais da segunda volta das eleições presidenciais guineenses, disputada no domingo. Mas segundo fontes fidedignas de "asemanaonline" em Bissau, estas terão sido ganhas por Malam Bacai Sanhá, que até ao fim da tarde de ontem ia claramente à frente com 61% dos votos até então escrutinados, enquanto Kumba Yala não conseguia romper a barreira dos 34%. As projecções apontam que Malam Bacai Sanhá, o candidato apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e de Cabo Verde (PAIGC) pode chegar aos 63% dos votos válidos, portanto maioria absoluta garantida.

Kumba Yalá resignado

Pelas informações chegadas a esta Redacção, Kumba Yalá já se resignou com os resultados das urnas e diz que vai respeitar a vontade dos guineenses tão claramente expressa nas urnas.

Assim, e no espírito do memorando de entendimento - assinado entre o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido da Renovação Social (PRS), e rubricado na presença de testemunhas, nomeadamente da União Africana (UA) e da Organização das Nações Unidas, ONU -, o staff de campanha de Kumba Yalá e elementos da comunidade internacional preparavam, no fim da tarde de ontem, o texto da declaração que Kumba vai fazer aos seus compatriotas.

"Kumba Yalá vai tentar moralizar psicologicamente os bissau-guineenses, afastando dos seus espíritos o fantasma da guerra e dos conflitos, ao mesmo tempo que leva os seus apoiantes a aceitar os resultados das urnas, contribuindo, assim, para que a paz e a tranquilidade continuem a reinar na Guiné-Bissau", resume a nossa fonte.

Sanhá, que já foi Presidente interino de 14 de Maio de 1999 a 17 de Fevereiro de 2000, “é o novo presidente da Guiné-Bissau com 63 por cento dos votos" , garante a mesma fonte em Bissau.

O outro candidato, Kumba Ialá, do Partido da Renovação Social, que exerceu o cargo de Presidente de 17 de Fevereiro de 2000 a 14 de Setembro de 2003, data em que as Forças Armadas o derrubaram, ter-se- ia ficado por 36% por cento dos votos válidos.

Na primeira volta, o mês passado, Sanhá conseguiu 39,59 dos votos expressos, face a 29,42 de Kumba Ialá e a 24,19 do independente Henrique Rosa, também um antigo Presidente interino, de 2003 a 2005.

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