
Em causa estava a reivindicação dos trabalhadores do cais, que exigiam um aumento de ordenado, o que não foi compreendido pelo patronato, culminando a discórdia em violência entre as duas partes.
Politicamente, a situação viria a ser aproveitada pelo PAIGC, partido que dirigiu a luta de libertação nacional, e que desencadeou, na altura, uma campanha de mobilização dos guineenses para se oporem ao colonialismo português. Aliás, este facto, serviu de cavalo de batalha para a criação de um maior sentimento de nacionalismo e revolta nos guineenses, que optaram por pegar em armas para conquistar a sua independência.
Hoje m dia, a data representa uma referência histórica do sindicalismo guineense, cujas organizações centrais juntam, todos os anos, os trabalhadores, depositam coroas de flores no monumento «Mártires de Pindjiguiti», junto ao cais do principal porto de Bissau, e promovem marchas com o objectivo de alertar o Estado, para os problemas que os funcionários públicos têm enfrentado ao longo dos tempos.
São ocasiões aproveitadas pelas centrais sindicais, como a UNTG e Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) para apresentar aos governos, cadernos reivindicativos, espelhando o quadro geral do funcionalismo público guineense, desde os diagnósticos até às necessárias reformas na Administração.
Lassana Cassamá
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