sábado, 6 de junho de 2009

«Não podia ser pior o que aconteceu», afirma a CPLP


O que aconteceu hoje na Guiné-Bissau "não podia ser pior", disse à agência Lusa o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Domingos Simões Pereira.

"Acho que não podia ser pior. Isto constituiu uma contrariedade muito forte nos desígnios da Guiné-Bissau e, com certeza, também da comunidade internacional que acompanha a situação", disse.

Com eleições presidenciais marcadas para o próximo dia 28, a Direcção-Geral dos Serviços de Informação do Estado guineense anunciou ter inviabilizado uma tentativa de golpe de estado, tendo um candidato presidencial, Baciro Dabó, e um antigo ministro da Defesa, Hélder Proença, sido abatidos por militares, por "terem resistido às forças de segurança".


Quanto à manutenção da data das eleições, Domingos Simões Pereira salientou que "feita a avaliação por parte das autoridades nacionais, estabelecido o consenso no estrito respeito da lei, se as autoridades entenderem que há condições para se avançar e cumprir o prazo estabelecido, não será a CPLP a colocar qualquer tipo de reticências".

Quanto ao envio de um contingente militar estrangeiro para o país, o secretário-executivo destacou que a Guiné-Bissau "é um Estado soberano que se rege por um conjunto de regras".

"Apesar dessas regras muitas vezes serem violadas, temos um interlocutor, que até prova em contrário é um interlocutor válido, que é o Governo e as outras instâncias de poder do país. Vamos ter que respeitar aquilo que nos dizem", destacou.

"Agora, numa reunião de avaliação da situação, se se entender que aquilo que antes foi declarado incompatível é hoje já aceitável, nós estaremos preparados para falar com o Governo e ver como equacionar" o apoio ao envio de um contingente militar estrangeiro, concluiu.

Sem comentários: