terça-feira, 30 de agosto de 2011


Exoneração de Bubo Na Tchuto em cima da mesa

Bissau Digital, 29-08-11 - Após as reuniões do Conselho Superior de Defesa e Segurança, realizadas no início da semana na Presidência da República, as chefias militares estarão a ser consultadas no sentido do afastamento do Chefe de Estado da Armada, Bubo Na Tchuto, referem fontes angolanas ligadas à Missang.
O processo, que estará ainda na sua fase preliminar terá por base a recusa do Contra-Almirante em se submeter ao processo de reforma do Sector de Defesa e Segurança, actualmente em curso na Guiné-Bissau e cuja liderança pertence a Angola. Outro factor que terá contribuido para esta posição de força do Estado Maior é a atitude desafiadora que Bubo Na Tchuto tem assumido em recentes reuniões na Presidência, recusando mesmo marcar presença em algumas delas. O receio das potenciais consequências está também a pesar para o secretismo que tem estado a envolver todo o processo.

As últimas semanas têm sido fertéis em boatos relativos à vontade de Bubo Na Tchuto aproveitar a actual onda de contestação ao Governo que se faz sentir em Bissau para desencadear um novo momento de instabilidade política no país. Este não seria mais do que um pretexto que serviria de trampolim para o seu objectivo último de se tornar no líder supremo das Forças Armadas guineenses.

Estes receios relativos a Bubo Na Tchuto são indicativos da ansiedade que reina na capital. A população tem a noção clara de que a luta interna de poderes entre Bubo e Indjai é real e perigosa, podendo lançar a qualquer momento a Guiné-Bissau numa nova espiral de mortes e violência entre quartéis desavindos.

Rodrigo Nunes
rodrigo.nunes@pnn.pt



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Bubo Na Tchuto recusa passar à reforma

Fonte : ( VOA, 29 Agosto 2011 ) - Fontes angolanas ligadas à Missão Militar Angolana na Guiné-bissau referiram que após as reuniões do Conselho Superior de Defesa e Segurança, realizadas no início da semana na Presidência da República, as chefias militares estarão a ser consultadas no sentido do afastamento do Chefe de Estado da Armada, Bubo Na Tchuto.

Segundo o sítio da Internet, Bissau Digital, o processo, que estará ainda na sua fase preliminar terá por base a recusa do Contra-Almirante em se submeter ao processo de reforma do Sector de Defesa e Segurança, actualmente em curso na Guiné-Bissau e cuja liderança pertence a Angola.

Outro factor que terá contribuído para esta posição de força do Estado Maior é a atitude desafiadora que Bubo Na Tchuto tem assumido em recentes reuniões na Presidência, recusando mesmo marcar presença em algumas delas.

O receio das potenciais consequências está também a pesar para o secretismo que tem estado a envolver todo o processo.

As últimas semanas têm sido férteis em boatos relativos à vontade de Bubo Na Tchuto aproveitar a actual onda de contestação ao Governo que se faz sentir em Bissau para desencadear um novo momento de instabilidade política no país.

Este seria um pretexto que serviria de trampolim para se tornar no líder supremo das Forças Armadas guineenses.

Estes receios relativos a Bubo Na Tchuto são indicativos da ansiedade que reina na capital. A população tem a noção clara de que a luta interna de poderes entre Bubo e Indjai é real e perigosa, podendo lançar a qualquer momento a Guiné-Bissau numa nova espiral de mortes e violência entre quartéis desavindos.

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Arroz importado pelo governo cria descontentamento no seio do setor privado

Bissau, ( Fonte : Rádio Bombolom-FM ) - O setor privado está desapontado com a atitude do Governo na contratação de um estrangeiro para a importação do arroz para abastecer o mercado nacional.

De acordo com o vice-presidente para a área de comércio, Abel Encada, no final de uma audiência com Carlos Gomes Júnior, o Governo deveria solicitar empresários nacionais para esse efeito e não cidadãos estrangeiros.

"A coisa de que nós estamos contra é a transparência, como foi feita essa operação. São os empresários nacionais que deveriam ser convidados ligados à área de arroz, mas não foi feito assim", criticou Encada.

"No que diz respeito à importação do arroz feito pelo estado, alguns operadores nacionais possuem neste momento estoques desse produto nos seus armazéns sem conseguirem vender nada, porque eles já haviam pago as alfândegas. Eles têm todas as despesas feitas e agora não estão a vender. É esta preocupação que me fez vir ver o PM, estamos no bom caminho, o PM tomou nota", avançou Abel Encada.

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Ex-combatente do exército português acusa o governo de nada ter feito para o respeito do acordo de Argel

Bissau, ( Fonte : Rádio Bombolom-FM ) - Cerca de onze mil ex-combatentes do exército colonial português no país queixam-se de serem abandonados à sua sorte pelo governo.

Interpelado pela imprensa, António Albino Gomes, vulgo Pelé, presidente do conselho fiscal da associação dos ex-combatentes portugueses na GB, acusou o governo de nada ter feito junto ao estado português para o respeito do acordo de Argel.

"Estamos parados, somos ao todo onze mil ex-combatentes do exército colonialista português na então Guiné-Portuguesa... Tentamos várias vezes encontro com o Primeiro-Ministro, mas em vão... Não foi de nossa vontade cumprir o serviço militar obrigatório", lembrou ele.


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